1982 – Pan Am x Braniff. Domingo próximo, dia 25, a Pan Am deve assumir as linhas da Braniff na América do Sul. Está dependendo unicamente que o CAB norte-americano concorde com o arrendamento por 4 anos, proposto por ambas as empresas àquele órgão oficial. O nosso DAC já deu seu “okay” para a transferência. Aprovado, a Pan Am substituirá a Braniff no Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Brasil. Os velhos (mas eficientes) DC8 serão retirados da linha e a Pan Am trará seus “wide-bodies”. A Pan Am vai pagar pelo arrendamento 20 milhões de dólares imediatamente. Mais 10 milhões a partir de 1983 e, havendo lucros, a Braniff irá perceber percentuais. A Pan Am espera faturar no primeiro ano cerca de 200 milhões de dólares, que deverá proporcionar um lucro operacional de 25 milhões.
Erli Rodrigues, diretor da Braniff em São Paulo, e Cori Reis, diretor no Rio, ainda aguardam maiores instruções de como proceder a transferência de todo o pessoal para a Pan Am. No Brasil a Braniff tem cerca de 60 funcionários, que estão com emprego garantido. Evidente que esses terão que se acomodar de acordo com as possibilidades que a Pan Am possa oferecer. Garanto que o início não vai ser fácil para o clã Braniff, mas o tempo tudo absorve e todos – da Pan Ama e Braniff – encontrarão a forma de convivência. O importante é que a Braniff não vai desaparecer. Dentro de 4 anos ela reassume a América do Sul. Enquanto isso, ela se recupera no grande mercado doméstico americano.
19 de abril de 1982