Não houve expectativa nas eleições para o biênio 82/83 do Conselho Nacional da ABAV. Sidney Catenacci, pretenso candidato, não chegou a formalizar seu nome, levando em consideração as remotas possibilidades de concorrer contra o candidato único Walter Steurer, apoiado por São Paulo e outros Estados.
Para muitos, a ausência do presidente Alberto Chaves e seus conselheiros , da ABAV-RJ, causou surpresa. A falta de qualquer comunicação nesse sentido provocou mal estar. Par alguns, além do problema político, teria sido falta de cortesia dos cariocas, anfitriões. Para outros, a ABAV-RJ deveria estar presente para expor todos os problemas, pois ali se encontravam os delegados de todos os Estados brasileiros e excelente oportunidade para um esclarecimento, vez por todas. Vários conselheiros achavam que a situação não pode continuar indefinidamente. Afinal, o que está acontecendo?
Vem de longe a rixa entre Luiz Gonzaga Wanderley e Walter Steurer. O representante carioca não concordou jamais com o paulista, pela forma autoritária com que Steurer vinha conduzindo a ABAV Nacional, desprestigiando a importante representatividade da delegacia carioca. Quando do congresso havido no Rio, a questão do pagamento de contribuição para a ABAV Nacional motivou sérias desavenças. E não hoje mais possibilidade de acerto. Quando Wanderley passou a ABAV para Alberto Chaves julgou-se que este, mais político e “não tendo nada com problemas pessoais entre Wanderley e Steurer”, poderia encontrar finalmente a paz desejada. E houve uma tentativa. Um almoço que durou mais de 4 horas, monde Walter Steurer discutiu com Alberto Chaves todos os problemas pertinentes, num restaurante carioca, cujos assuntos não foram relatados. Tanto Walter como Alberto não confidenciaram a este redator o teor da conversa, mas ambos repetiram exatamente a mesma frase “pergunte a ele, que ele sabe o que conversamos”.
Dezembro de 1981