Aluno de 1942: não alimente ilusão

A – O instrutor deve ser a única fonte de lições estímulo do aluno pois muitas fontes de informação são susceptíveis de gerar a confusão no espírito de um principiante e provocar acidentes fatais.

B – Jamais desobedecer ao instrutor, antes ou depois da aprendizagem. Logo que se receba o brevet, deve ser consultado o instrutor caso se depare qualquer dúvida.

C – Não alimentar a ilusão, ao receber o brevet, de que já é um bom piloto; antes habituar-se à ideia de que toda e qualquer decisão deve obedecer a grande ponderação e prudência, ainda mesmo que se trte de coisas mais simples. Uma irreflexão pode custar a VIDA!

D – Não tentar manobras novas, no ar, senão a uma altura que ofereça completa segurança e em boas condições atmosféricas. Qualquer decisão leviana aumentará os riscos e sua segurança e de seu avião.

E – Quando pretender levantar voo, aproveitar sempre o máximo de extensão do campo, qualquer que seja a carga do avião.

F – Nunca iniciar curvas logo que o avião tiver decolado; a segurança está na razão direta da altura.

G – Se o motor estancar nos primeiros momentos depois do avião decolar não pretenda fazer uma curva apertada para voltar ao campo; há grande risco de cair em perda e o desastre será inevitável.

H – Não se deve fazer acrobacias a pouca altura, e quando se tiver de fazê-la será indispensável que o piloto esteja muito familiarizado com o aparelho e principalmente com os recursos que o motor lhe oferece (potência reprise, etc).

Guia Aeronáutico Brasileiro Texaco – 15 de Setembro de 1942

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