1962 – Um grande e pujante esforço está sendo realizado pela Administração desta Companhia para a sua recuperação. Mas este estorço, que já produziu resultados, tangíveis, não basta para a realização da obra que se tem em vista, que é a de reconquistar a posição de primeira que a Panair desfrutou no passado.
Para isto, precisamos restaurar aquela consciência de superioridade, daquele espírito de corpo, aquele empenho de servir, aquele amor pela nossa Casa, aquele Brio que fazia dos veteranos da Panair um esteio do seu prestígio e da sua prosperidade. Cada homem ou mulher que trabalha na Companhia tem sua utilidade, sua função a cumprir. E aquele que não a cumpre de coração, com fé e entusiasmo – com eficiência – está prejudicando o conjunto e retardando a vitória final.
Os que me conhecem, sabem que não sou propenso ao pessimismo. Mas os funcionários da Panair não devem esquecer-se de que a situação da empresa era tão crítica, quando reassumimos a presidência, que só um trabalho insano e pertinaz pôde evitar o pior. Subvenções governamentais podem promove o crescimento de uma empresa. Mas não bastam para realizar uma recuperação.
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Paulo Sampaio – Bandeirante do Ar – março/abril de 1962