Se já eram raras as pesquisas, estatísticas e estudos sobre o turismo no Brasil, a situação, pelo menos do lado governamental, piorou nos últimos dois anos. O Anuário Estatístico, da Embratur, por exemplo, que normalmente circulava com relativo atraso, mas trazia informações úteis, como por exemplo o destino dos brasileiros em viagens ao exterior, foi reduzido, em sua edição 1992/1993 – divulgada somente no final do ano passado – a uma simples referência a números produzidos por outros órgãos e entidades, como o Departamento de Aviação Civil – DAC -, Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária – Infraero – e Digitur Processamento e Serviços. Ou seja, caso alguma operadora internacional queira investir na atração de turistas brasileiros, simplesmente não terá informações básicas sobre quem é esse viajante. O fato é decorrência do decreto nº 86/91, que desobriga o brasileiro a preencher os cartões de embarque e desembarque quando em viagens ao exterior. Nada foi feito para substituir o sistema.
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Conjuntura Turística – Dezembro/Janeiro – 1994