Setenta e cinco milhões de eleitores irão às urnas no próximo dia 15 para escolher os futuros prefeitos de aproximadamente 4.200 municípios brasileiros. Por serem de regiões diversas e enfrentarem problemas diferentes, para muitos desses municípios os candidatos têm problemas inovadoras, óbvias, urgentes e criativas. Todas elas, no entanto, priorizam, na maioria dos casos, o fator econômico que move a cidade. Alguns darão mais atenção às atividades do comércio em geral, enquanto outros ao desenvolvimento industrial.
Sendo o Brasil um país eminentemente “turístico”, onde muitas cidades vivem do turismo, os “prefeituráveis” de alguams das principais capital foram ouvidos e apresentaram suas propostas para o setor.
Com ideias que muitas vezes vão ao encontro do que esperam os profissionais da área, os candidatos de Belo Horizonte, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo motraram não estar muito alheios aos problemas enfrentados em suas cidades pela “terceira indústria mundial” e, de certa forma, resumem em seus programas o perfil da futura administração.
De modo geral nota-se uma preocupação em “melhorar a infraestrutura das cidades”, o que em muitas representará atrais e receber melhor os visitantes. Mas há também ideias de facilitar a ampliação da rede hoteleira ou a criação de novas áreas de lazer e centros culturais. Porém, todos lembram que “turismo é uma atividade da iniciativa privada”, à Prefeitura caberá, em muitos casos, apenas não atrapalhar.
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Guia Panrotas – Novembro de 1988