“Quando iremos reiniciar os serviços aéreos para a América do Sul?”. Essa pergunta foi feita repetidas vezes na Grã-Bretanha durante os últimos quatro ou cinco anos. A resposta agora pode ser dada: foram reiniciadas no dia 25 de janeiro.
Nesse dia um Comet-4 (jato da De Havilland) pertencente à British Overseas Airways Corporation (BOAC) levantou vôo do Aeroporto de Londres na primeira viagem de um serviço regular bi-semanal para o Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Voou via Madri e Lisboa, as duas capitais ibéricas que tantas afinidades possuem com os países sul-americanos.
No espaço de 18 horas, com uma noite inteira de sono de vantagem sobre os aviões comuns que percorrem a mesma rota, o Comet-4 desceu em São Paulo.
Oito horas mais tarde, atravessou os Andes a caminho de Santiago do Chile, cidade quer alcançou depois de tocar em Montevideu e Buenos Aires (a primeira escala sul-americana foi em Recife).
Houve tempo, logo após a Guerra Mundial de 1939-1945, em que a Grã Bretanha possuía uma companhia denominada “British South American Airways”. Destinava-se ela especificamente à tarefa de desenvolver os laços aéreos entre a Grã-Bretanha e as grandes capitais das América do Sul. Essa companhia, a “B.S.A.A.”, fazia parte de um grupo de três corporações aéreas estatais, jutamente com a “BOAC” e a “British European Airways (BEA). Por razões econômicas a B.S.A.A. foi absorvida em 1949 pela BOAC.
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Correio da Manhã – 28 de janeiro de 1966