1967 – O Sindicado da Indústria Hoteleira, de São Paulo, deseja isenção do ICM, para os hotéis que tenham mais de 30 quartos com banho. A Guanabara já fez a concessão e vários hotéis estão surgindo na antiga capital do país. Aqui, o secretário da Fazenda, ao despachar o perdido, declarou: “O pedido contraria o interesse público. Devolva-se ao Gabinete do Governador”. A nosso ver, o despacho deveria ser encaminhado ao secretário do Turismo, para este opinar. Apoiar construção de hotéis jamais foi contra o interesse público. Turismo, na opinião do secretário da Fazenda, não é um bom negócio. Na Espanha e Portugal, além do próprio governo financiar a construção de hotéis, dá isenções de quinze anos, em todos os impostos. A receita de turismo, naqueles países e em muitos outros, é bem maior que qualquer outra arrecadação. Há pois compensações, Sr. Secretário.
3 de novembro de 1967