Vitimado por um colapso cardíaco, faleceu na Guanabara, no princípio de setembro, o brigadeiro Faria Lima, ex-presidente da Vasp – Viação Aérea São Paulo, posto que deixou para assumir a Secretaria de Aviação de São Paulo, ao tempo em que Jânio Quadros governada o Estado. Sua carreira na administração e na política levou-o, ainda, à Presidência do ?Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, em 1961, e à Prefeitura de São Paulo, em 1965. Eleito por expressiva maioria de votos, correspondeu plenamente à expectativa da massa popular que o conduziu à Prefeitura; recente pesquisa realizada em São Paulo pelo Ibope revelou que mais de 90 por cento da população paulista considerava ter sido sua administração ótima e boa.
No âmbito da aviação, Faria Lima teve destaca atuação. Como piloto do Correio Aéreo Nacional e de aviões de guerra, possuía mais de cinco mil horas de voo. Quando na assessoria técnica de Salgado Filho, primeiro titular do então recém-criado Ministério da Aeronáutica, participou do planejamento da campanha da Força Aérea Brasileira no território italiano, na II Guera Mundial. Grande amigo e colaborador da aviação comercial, prestou inestimáveis serviços quando a base aérea de Cumbica, então sob seu comando, passou a receber os voos de carreira da Aerolíneas Argentinas e da BOAC, que davam início, em 1959-1960 à era do jato em nosso continente. Na época, em que a pista do Galeão esteve em obras de repavimentação e a construção de Viracopos ainda não fora concluída, Cumbica revia dupla função: de base militar e de aeroporto internacional brasileiro.
…
Novitur, setembro de 1969