1982 – Domingo próximo, dia 25, a Pan Am deve assumir as linhas da Braniff na América do Sul. Esta dependendo unicamente de que o CAB norte-americano conceorde com o arrendamento por 4 anos, proposto, por ambas as empresa, àquela órgão oficial. O nosso DAC já deu o seu “okay” para a transferência. Aprovado, a Pan Am substituirá a Braniff no Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e Brasil. Os velhos (mas eficientes) DC8´s serão retirados da linha e a Pan Am trará seus “wide-bodies”. A Pan Am vai pagar pelo arrendamento 20 milhões de dólares imediatamente. Mais 10 milhões a partir de 1993 e, havendo lucros, a Braniff irá perceber percentuais. A Pan Am espera faturar no primeiro ano cerca de 200 milhões de dólares, que deverá proporcionar um lucro operacional de 25 milhões.

Erli Rodrigues, diretor da Braniff em São Paulo, e Cori Reis, diretor no Rio, ainda aguardam maiores instruções de como proceder a transferência de todo o pessoal para a Pan Am. No Brasil, a Braniff tem cerca de 60 funcionários, que estão com emprego garantido. Evidente que esses terão que de acomodar de acordo com as possibilidades que a Pan Am possa oferecer. Garanto que o início não vai ser fácil para o clã da Braniff, mas o tempo tudo absorve e todos – da Pan Am e Braniff – encontrarão a forma de convivência. O importante é que a Braniff não vai desparecer. Dentro de 4 anos ela reassume a América do Sul. Enquanto isso ela se recupera, no grande mercado doméstico americano.

Turinews, 19 de abril de 1982