1953 – Estamos afinal no regime da nova lei cambial. Na primeira semana os resultados foram desastrosos, tanto para nós, agentes, como para as próprias linhas aéreas. Se foi vendido uns 200 mil cruzeiros, venderam muito. Dizem os otimistas que uma vez aumentada a tarifa, receberão maiores comissões, mas os pessimistas por seu lado, não acreditam nisso, pois acham que sua produção cairá muito, e não produzirão nem para pagar suas despesas de escritório. E enquanto isso sucedem-se reuniões secretas (!) dos representantes da IATA a fim de deliberarem sobre as novas taxas de conversão. As companhias aéreas brasileiras querem os mesmos Cr$ 20,80, os sul-americanos querem Cr$ 25,00, as europeias Cr$ 35,00 e as americanas Cr$ 40,00.
Janeiro de 1953