Troca de empresa por uns minguados Cruzeiros a mais

1968 — As empresas aéreas, em São Paulo, já notaram que há falta de profissionais realmente capacitados, para preencherem seus quadros de vendas, reservas, tráfego, aeroporto etc. A origem da escassez não seria o fechamento, em 1965, da escolinha da Panair onde as empresas iam buscar pessoal treinado, testado, e apto para exercer funções de responsabilidade em todos aqueles setores? Os salários sendo ultimamente oferecidos atingem cifras quiçá elevadas. Parece haver luta entre as empresas que disputam a preferência dos profissionais melhor categorizados. Ou, então, a carreira do aeroviário já não está mais exercendo o mesmo atrativo de antigamente. O fato é que a oferta de salários sedutores está ocasionando um “troca-troca” de funcionários, de uma para outra empresa aérea, com resultados, por vezes, imprevistos. Verifiquem as empresas que os candidatos aproveitados não satisfazem plenamente, em alguns casos. Frequentemente, também, o funcionário que troca de empresa lamenta – tarde demais – a perda de sólida posição, que lhe levara anos para conquistar, por uns minguados Cruzeiros mensais a mais.

Novitur – abril de 1968

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