Dezembro de 1978 – Não foi fácil a tarefa de tentar reunir Flávio Musa e Eduardo Freitas – Presidente e Diretor da VASP – num bate-papo informal, para depois transmitir aos leitores do Panrotas alguns detalhes sobre a imensa empresa paulista de aviação. Tanto Flávio como Freitas vivem hoje impondo a Vasp nos mais distantes paralelos nacionais e internacionais. Freitas acabava de chegar de Acapulco, onde participou do Congresso Mundial da ASTA e embarcava em seguida para a Ilha da Madeira, para a reunião das “International Conventions and Congress Association”. Flávio estava em Paris cuidando de outros interesses da companhia. Resultado: o tal pretendido bate-papo descontraído, foi convertido numca reunião de um só cafezinho e assim mesmo em oportunidades distintas. Essas viagens internacionais dos diretores da Vasp são por demais cansativas, mas ao se verificar a receita em moedas fontes de 1975 para cá – 1975 Cr$ 21.844.020,00; 1976 Cr$ 37.352.243,00; 1977 Cr$ 59.526.272,00 e 1978 previsto Cr$ 80.000.000,00 – o esforço é justificado, pois existem no exterior possibilidades inesgotáveis, mas para isso há que participar das constantes feiras, congressos, reuniões e exposições. E a Vasp agora saber disso. E lado a lado da Embratur e dos agentes de viagens e hoteleiros, integrou-se na atividade promocional com os resultados comprados pelas cifras citadas, e ainda ajuda a construir uma imagem positiva do Brasil.
Quando os dois diretores da Vasp – Flávio e Freitas – começaram na Vasp, sem estarem relacionados na minha lista de “velhas guardas” e sem experiência em aviação comercial, fiz uma aposta comigo mesmo e uma afirmação: “mais uma daquelas diretorias…”. Confesso que perdi, mas quis saber porquê. Daí esta entrevista.