Boeing da Ponte Aérea – Por que não?

1991 – Até pouco tempo, a exígua pista do aeroporto Santos Dumont, juntamente com seus guardiões Pão de Açúcar e ponte Rio-Niterói pareciam conspirar contra qualquer presença de um jato comercial na Ponte Aérea. Durante anos e ano, uma eventual substituição dos admiráveis “Electra” aparecia e desaparecia dos comentários pela imprensa. Neles, nunca se falava da operação normal me segura de jatos como o Boeing 737 e até dos Fokker 100 e BAe 146 de menor porte. Por estar presente há mais tempo e em número maior em nossas operações comerciais, tudo girava em torno da viabilidade ou não do Boeing 737 nos parcos 1.323m de pista do Santos Dumont.

Na verdade o que existia era uma luta de interesses e não um interesse que deveria ser o único: resolver de vez o problema da substituição dos “Electra”, quando fosse chegada a hora, por um jato compatível com as exigências dos passageiros da ponte aérea Rio-São Paulo.

Foram muitos os rumores. Primeiro se pensou numa nova pista inclinada em 15 graus para a esquerda com um pequeno prolongamento mar adentro, deixando assim o imponente Pão de Açúcar à direita sem a necessidade daquela curva, após da decolagem.

As obras seriam custeadas pela Boeing. Depois foi a vez de um simples prolongamento da pista existente , esbarrando no “tombamento” (sic) da Baia de Guanabara. Finalmente, a tal Linha Vermelha que serias (ou será?) exclusiva para que se possa substituir o Santos Dumont pelo Galeão. Uma via expressa entre a ilha e o centro da cidade. Dá para acreditar, mesmo com a cerimônia do cravamento da primeira estaca da obra?

Ernesto Klotzel – BrasilTravel News – Agosto de 1991

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